Com muita paciência e algumas técnicas, é possível deixar o processo mais tranquilo
Quem tem ou já teve um cachorro em casa sabe: eles podem fazer uma verdadeira bagunça e tirar os tutores do sério nos dias mais estressantes. O comportamento, no entanto, é natural dos animais e precisa ser recondicionado para que esses momentos deixem de acontecer com frequência. Para isso, existe o adestramento!
O adestramento canino nada mais é do que uma “aula” de bom comportamento para os pets. Realizado por profissionais ou tutores, é feito com o ajuste de comportamentos por meio de petiscos e brinquedos para cachorro, que auxiliam no processo. Mas e quando o estresse ainda permanece?
Por que os cães se estressam no adestramento?
Essa é uma das questões mais comuns levantadas pelos tutores durante a prática do adestramento. Afinal, se são apenas alguns comandos e brincadeiras, por que o animal fica tão estressado? A resposta parte de diferentes fatores, que vão do ambiente ao modo de ensinar.
Primeiro, é preciso ter em mente que nenhum ser gosta de ser “obrigado” a mudar — nem mesmo nós, humanos. Por isso, certo tipo de resistência no começo é bem comum. Além disso, o ambiente, a duração e até mesmo as técnicas usadas no adestramento podem intensificar os episódios de estresse.
Como criar um ambiente tranquilo?
Para ter um adestramento tranquilo, o primeiro passo é criar um ambiente que reflita esse sentimento. Pense só: se o cão estiver em um espaço bagunçado ou com muitos estímulos, as chances de ele não se concentrar, falhar e ficar estressado são muito grandes.
Por isso, a dica é fazer o adestramento em um local calmo e com o mínimo de distrações possíveis. Evite que os petiscos, brinquedos ou comidas fiquem no campo de visão do animal, tenha cuidado com os estímulos olfativos e evite também locais com muito barulho e circulação de pessoas ou animais. Todos esses cuidados permitirão que ele fique mais calmo e relaxado.
Quando é hora de parar?
Saber que chegou a hora do seu animal ser adestrado é tão importante quanto saber a hora de parar. Apesar de serem pets, eles também possuem sentimentos e sensações humanas como o cansaço, a sobrecarga e o que mais queremos evitar: o estresse.
Portanto, ficar longas horas treinando o animal não ajudará no resultado — muito pelo contrário, na realidade. O ideal é que o adestramento dure de 30 a 50 minutos e tenha pausas durante esse período. Isso permite que o animal aprenda de forma eficiente e não fique sobrecarregado.
Os brinquedos podem ajudar no adestramento?
Quando o assunto são os brinquedos, é comum que alguns tutores enxerguem eles apenas como algo divertido ou até mesmo como uma distração. Mas, na realidade, eles podem ser muito úteis durante o adestramento para ensinar comandos e tornar o processo lúdico.
Um exemplo disso são os brinquedos de arremesso, muito usados para treinar comandos de “buscar” e “voltar”. Essas brincadeiras promovem a obediência de modo divertido, que prende a atenção do pet.
O adestramento nem sempre será leve
Mesmo colocando todas as dicas acima em prática, não há como garantir que o adestramento será sempre um processo leve e sem estresse, tanto para os animais quanto para os tutores. É preciso se lembrar que o aprendizado, de qualquer tipo, é sempre acompanhado de um certo grau de resistência e dificuldade.
O melhor a se fazer nesses casos é entender o animal, fazendo pausas mais longas ou suspendendo o treinamento em dias atípicos. Agora, se o problema for recorrente, o recomendado é procurar um profissional para auxiliar você. Assim, ele será capaz de vencer essa barreira de forma confortável com o animal.