Clínica Corpo e Mente esclarece mitos comuns e reforça orientações para uma recuperação segura e eficaz.
A busca por procedimentos para mudar a aparência da vulva tem ganhado cada vez mais espaço nos consultórios e centros especializados em estética íntima. Segundo os dados mais recentes da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgados em agosto de 2024, houve um aumento global de 33% nas cirurgias de labioplastia, também chamada de ninfoplastia, nos últimos três anos. O Brasil segue na liderança mundial desse tipo de intervenção, cujo objetivo é reduzir o tamanho dos pequenos lábios vaginais e devolver conforto, autoestima e bem-estar às pacientes.
Atenta a esse cenário em constante expansão, a especialista Dra. Jacque Ferraz (@drajacqueferraz), médica baiana e fundadora da Clínica Corpo e Mente (@clinicacorpoementevdc), destaca que a atenção ao pós-operatório é fundamental para o sucesso do procedimento. “Não basta operar. O verdadeiro resultado depende de como o corpo vai se recuperar, e isso exige cuidados específicos e personalizados, orientação profissional e disciplina da paciente”, explica.
Além disso, segundo o estudo da ISAPS, os chamados procedimentos de rejuvenescimento vaginal, um conjunto de técnicas que pode ser cirúrgico ou não, e que envolve também o tratamento da flacidez da vulva, cresceram 20% em dois anos, o que aponta para um movimento crescente de mulheres interessadas não só na estética, mas na funcionalidade e na sensação de cuidado com o próprio corpo.
Segundo dados do Brazilian Journal of Health Review, em cirurgias íntimas, assim como em qualquer procedimento cirúrgico, a recuperação é crucial para a cicatrização, diminuição do edema e até mesmo para o corpo absorver melhor as mudanças que aconteceram. “Existem recomendações já bem estabelecidas, como repouso, higiene adequada e evitar relações sexuais por um período. Mas percebi, na prática clínica, que o acolhimento, a clareza das orientações e o acompanhamento sistemático fazem toda a diferença no processo de cura e no bem-estar emocional da paciente”, diz a médica.
“Não é só sobre a cicatriz, é sobre como essa mulher se sente nesse momento tão delicado. É um corpo que está se transformando, e isso precisa ser tratado com respeito e escuta”, completa a Dra.
A experiência recente como congressista no 4º Congresso Mundial de Ginecologia Regenerativa e Estética (@abgref), realizado nos dias 6 e 7 de junho, reforçou o que ela já vem implementando. “Estar em contato com grandes nomes da ginecologia estética mundial só reafirma que estamos no caminho certo. A ciência está avançando, e o cuidado com o pós-operatório também precisa acompanhar esse movimento.”
Entre os principais pontos de atenção, Jacque orienta que os primeiros três dias após a cirurgia devem ser de repouso absoluto. “É um período em que o corpo precisa ficar quieto para evitar sangramentos, edemas e complicações na cicatrização. Não é o momento de retomar a rotina, por mais leve que pareça”, alerta. Além de fazer ressalvas para o uso de roupas leves e evitar vestimenta apertada, para evitar a fricção da pele, fazer a higienização correta do local operado, segundo a recomendação médica e tomar somente os medicamentos prescritos pelo médico.
A especialista também reforça pontos importantes, como o repouso absoluto nos primeiros dias e a suspensão de atividades físicas e vida sexual por cerca de 30 dias. “Nós orientamos, mas também acompanhamos de perto. A paciente sabe que não está sozinha. Isso diminui a ansiedade, melhora a adesão às orientações e potencializa os resultados”, afirma.
