Uma delas é que o clima influencia desde a alimentação dos animais até as condições de maturação, resultando em sabores únicos para os queijos
O queijo é mais do que um alimento básico nas mesas ao redor do mundo; ele se tornou um elemento cultural que carrega histórias e tradições.
Entre estes, o queijo tipo cheddar, a mussarela e o parmesão se destacam por seus processos diferenciados e ricos em sabor, sendo consumidos em diversas culturas ao redor do mundo.
Nesse contexto, preparamos algumas curiosidades sobre a produção de queijos para você conhecer um pouco mais sobre essa comida amada por todos.
As origens do queijo
A produção de queijo teve início nos tempos pré-históricos, com evidências de mil anos atrás, graças à descoberta de resíduos encontrados em potes de cerâmica na Europa.
Essa revelação mostrou que o queijo era uma maneira importante de preservar o leite e, com o passar dos anos, várias regiões e culturas passaram a criar variedades específicas de queijo de acordo com suas tradições, gerando diferentes tipos de queijos ao redor do globo.
Por exemplo, o cheddar, que veio da Inglaterra, é feito através de um processo conhecido como cheddaring, que envolve a manipulação repetida da coalhada para obter a textura e o sabor característicos desse tipo de queijo.
O impacto do clima
Variações de temperatura, como umidade e sazonalidade, são fatores que afetam o resultado do queijo, pois tudo isso vai impactar na qualidade do leite que será utilizado para a produção do queijo.
Queijos como Brie e o Camembert para criar suas cascas necessitam de ambientes úmidos para desenvolver essas características únicas.
Por outro lado, queijos mais duros, como o Parmigiano, são curados em ambientes mais secos. Esse processo visa a obtenção de uma textura mais firme e densa, fundamental para o tipo de queijo e a sua longevidade.
O mistério dos queijos com furinhos
Você já se perguntou por que alguns queijos têm furinhos? Esses furos, tecnicamente chamados de “olhaduras”, são característicos em queijos como o Emmental e o Gruyère.
Esses furinhos são formados durante o processo de fermentação, quando as bactérias consomem o ácido láctico e liberam dióxido de carbono, formando bolhas de gás no interior do queijo.
Os queijos no Brasil
O Brasil também tem uma rica tradição queijeira que está começando a ganhar reconhecimento internacional. Queijos como o de Minas, o Coalho e o Canastra possuem uma história rica ligada à cultura de suas regiões.
Recentemente, o queijo artesanal brasileiro tem ganhado projeção em competições internacionais, destacando a qualidade e a diversidade única que os queijos brasileiros têm a oferecer.
Leite pasteurizado ou UHT
É bastante frequente encontrar nas embalagens de leite as siglas UHT ou a informação de que o leite foi pasteurizado. Mas, o que isso realmente significa?
Tanto o UHT quanto a pasteurização são métodos destinados a assegurar a segurança dos alimentos, contudo, eles servem a propósitos distintos de conservação e distribuição.
Dessa forma, o leite UHT é submetido a um aquecimento que eleva sua temperatura para mais de 135° C por um breve intervalo de tempo, tipicamente alguns segundos.
Por outro lado, a pasteurização aquece o leite a temperaturas inferiores, variando entre 60° C e 85° C, e por uma duração mais extensa, que pode ser de 15 a 30 segundos.
Queijo produzido com leites diferentes
O queijo pode ser produzido com o leite de diferentes animais. Cada tipo de leite irá conferir características distintas. Os principais leites utilizados para a fabricação de queijo são os de:
- vaca;
- cabra;
- ovelha;
- búfala.
O leite de cabra é amplamente apreciado por seu sabor característico e serve como base para a produção de queijos distintos, como o Chèvre, dando um perfil de sabor único e valorizado na gastronomia.
Por outro lado, o leite de ovelha, particularmente rico em gorduras e proteínas, faz-se ideal para a fabricação de queijos como o Roquefort e o Pecorino.