DeepSeek e outras inovações de IA estão moldando o futuro do SEO e desafiando as estratégias tradicionais de otimização.

O mercado de inteligência artificial (IA) tem assistido à ascensão de novas ferramentas capazes de transformar o cenário digital, especialmente na área de otimização para mecanismos de busca (SEO). A mais recente inovação nesse campo vem da China, com o modelo avançado de IA conhecido como DeepSeek.

Lançado em janeiro de 2025, o chatbot DeepSeek-R1 rapidamente se destacou no mercado frente a concorrentes como o ChatGPT, da OpenAI. A ferramenta alcançou o topo do ranking de downloads na loja de aplicativos App Store, da Apple, conforme indica levantamento da Data.AI.

Essa popularização em tão pouco tempo também provocou reações no mercado de tecnologia, como uma queda nas ações de grandes empresas do setor nos Estados Unidos, com perdas estimadas em mais de US$ 1 trilhão, conforme indicam os cálculos do Financial Times e da Bloomberg.

O impacto dessa tecnologia no SEO tem sido debatido pelos especialistas da área por influenciar diretamente a forma como os usuários consomem conteúdo. A CEO da Experta, Flávia Crizanto, explica que, agora, o cliente ou prospect ganha mais uma ferramenta para pesquisar sobre produtos ou serviços. 

Ela destaca que o Google, que historicamente detinha mais de 90% do mercado de buscas, registrou 89% de participação pela primeira vez em janeiro de 2025. No entanto, acreditar que a otimização de sites se tornou menos importante pode significar perder uma grande oportunidade. Além de o buscador continuar sendo o mais relevante, é preciso considerar de onde as IAs estão obtendo seus resultados.

“As inteligências artificiais continuam se alimentando do conteúdo disponível na web, incluindo o do seu site e de outras fontes. Por isso, agora não basta apenas produzir material relevante internamente, mas também distribuí-lo estrategicamente em outros sites. Dessa forma, quando um cliente busca por um serviço ou produto, as IAs conseguem identificar e contextualizar suas informações, aumentando as chances de sua resposta ser considerada a mais adequada para o usuário”, destaca Crizanto.

É preciso otimizar o conteúdo para a nova era da IA

A crescente adoção de modelos de IA nos mecanismos de busca exige uma mudança na forma como as empresas estruturam suas estratégias digitais. Segundo estudo da Gartner, até 2028, o tráfego de pesquisa orgânica das marcas pode diminuir em 50% ou mais, à medida que os consumidores migram para ferramentas de busca baseadas em IA.

O Google, por exemplo, tem investido no Search Generative Experience (SGE), um recurso que utiliza IA generativa para oferecer respostas diretas e mais contextualizadas no topo da página de resultados. Segundo a empresa, o objetivo desse recurso é melhorar a experiência do usuário, fazendo com que ele consiga entender um tópico com maior velocidade, sem precisar ter o trabalho de clicar em links que levem para outros sites.

Além disso, a popularização de assistentes virtuais, como Alexa e Google Assistant (que atualmente tem o Gemini incorporado), reforça a necessidade de se adequar a um SEO conversacional. Um levantamento do Think With Google indica que 27% da população já utiliza pesquisas por voz em dispositivos móveis, o que exige uma adaptação no formato dos conteúdos.

Diante desse novo cenário, contar com uma agência especializada em SEO pode fazer a diferença para que empresas ajustem suas estratégias de otimização e garantam um bom posicionamento. A adaptação às novas tendências de busca exige conhecimento técnico e uma abordagem estruturada para garantir visibilidade e relevância.

De acordo com a HubSpot, caso a IA reconheça que o conteúdo gerado por uma marca é de qualidade e atende às necessidades da pesquisa do usuário, as probabilidades de esse conteúdo aparecer nos seus resultados de busca aumentam. 

“A empresa que deseja se manter visível nos resultados precisa otimizar os conteúdos para consultas mais naturais e contextuais. O uso de palavras-chave long tail, por exemplo, que refletem a forma como as pessoas realmente falam e pesquisam, pode aumentar significativamente as chances de um site ser destacado por assistentes de voz e buscadores baseados em IA”, alerta Crizanto.

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