Os esportes eletrônicos, também conhecidos como eSports, vêm ganhando cada vez mais destaque na sociedade atual. Com o rápido avanço da tecnologia e a popularização dos jogos digitais, essa forma de competição atrai milhões de fãs e jogadores ao redor do mundo, lotando arenas em praticamente todos os grandes torneios.
Hoje, sabemos que o segmento dos eSports ocupa uma fatia considerável do mercado relacionado a games, chegando a movimentar cerca de US$ 1,1 bilhão somente no ano de 2021. Além disso, a popularidade dos eventos costumam atrair a atenção de sites que oferecem jogos de apostas. Esses sites promovem uma cobertura completa dos torneios da modalidade, independentemente do game. Ademais, as plataformas de apostas oferecem os tradicionais jogos de cassino, ideal para quem curte esse estilo de jogo. Vale lembrar que os sites de cassino online no Brasil também possuem slots e outras modalidades que têm inspiração em grandes títulos do mundo dos videogames.
Entretanto, com toda essa ascensão econômica e popular, os esportes eletrônicos ainda precisam conviver com o estigma de serem ambientes tóxicos e cheios de preconceitos. Os problemas envolvem jogadores da comunidade, profissionais da área (pro players), comentaristas, streamers e influenciadores digitais que, muitas vezes, acabam reproduzindo um pensamento preconceituoso e pouco agregador para a comunidade, como um todo.
Como essa “cultura tóxica” afeta todo o ecossistema dos eSports?
Primeiro de tudo é importante definir o que seria essa tal cultura tóxica tão presente em ambientes de jogos online. A cultura tóxica se refere a comportamentos e atitudes negativas, como bullying, assédio verbal, discriminação e ofensas gratuitas, que são direcionados a outros jogadores ou membros da comunidade.
Apesar da definição variar de acordo com as percepções individuais e dos ambientes nos quais as pessoas estão inseridas, existem determinadas barreiras que não devem ser ultrapassadas. Atitudes e comentários que façam alusões ou promovam segregações de qualquer cunho devem ser coibidas com veemência pelas plataformas.
Sabemos que a sociedade ainda passa por transformações e que cada indivíduo possui seus próprios pensamentos, no entanto, é necessário ter responsabilidade e respeito na hora de dizer algo ou tomar determinada atitude, principalmente quando tal ato tem o poder de alcançar milhares, ou milhões de pessoas.
Os impactos negativos de atitudes preconceituosas e discriminatórias podem ser brutais dentro da comunidade, isso vale para todos, incluindo os jogadores profissionais. Em alguns casos, os danos psicológicos são tão graves, que acabam tirando jogadores do cenário competitivo. Com jogadores casuais, a questão também é preocupante, muitos deixam de frequentar os “lobbys” dos jogos favoritos por episódios relacionados a assédio e discriminação.
Existem estratégias para combater essa cultura?
Para começar a combater esse tipo de comportamento online é necessário que haja uma participação eficiente das plataformas. É impossível promover qualquer tipo de combate à toxicidade virtual, quando as plataformas não possuem diretrizes claras ou preferem não se “envolver” com medo de perder usuários.
As plataformas e comunidades de jogos devem implementar políticas claras e rigorosas contra comportamentos tóxicos. Isso inclui a definição de regras de conduta, canais de denúncia eficientes e punições adequadas para os infratores. É essencial que as políticas sejam aplicadas de forma consistente e transparente, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os participantes.
Personalidades influentes da comunidade também devem estar atentas aos seus comentários e ao comportamento quando estiverem em livestream, principalmente. O fato de nenhum “influencer” ser capaz de controlar totalmente o alcance do que é dito por ele/ela, não o exime de responsabilidade, muito pelo contrário.
Dessa forma, a promoção de uma cultura de respeito mútuo, onde os jogadores sejam encorajados a competir de maneira justa e sem promover preconceitos, pode ajudar a mudar, gradativamente, o ambiente dos jogos online. Toda a comunidade só tem a ganhar com isso.